quinta-feira, 15 de junho de 2017

Vida e obra de Gil Vicente

                Vida e obra de Gil Vicente:

                                     Dramaturgo e poeta revolucionário de Portugal, Gil Vicente marcou do fim da Idade Média ao início do Renascimento. Conheça mais sobre a vida e obra do autor                                                                                         Gil Vicente (1465-1536) foi um dramaturgo e poeta português. Criador de vários autos é considerado o maior representante do teatro popular em Portugal.
Gil Vicente (1465-1536) nasceu em Guimarães, Portugal no ano de 1465. Seu nome apareceu pela primeira vez, em 1502, quando encenou a peça “Auto da Visitação” ou “Monólogo do Vaqueiro”, em homenagem ao nascimento do príncipe D. João, futuro D. João III. O monólogo tinha sido escrito em castelhano, em que um simples homem do campo expressa sua alegria pelo nascimento do herdeiro, desejando-lhe felicidade.
Embora tenha vivido em pleno Renascimento, Gil Vicente não se deixou impregnar pelas concepções humanísticas, retratou através de suas peças, os valores populares e cristãos da vida medieval. Seu teatro se caracteriza por ser primitivo e popular, embora tenha surgido no ambiente da corte, para servir de entretenimento nos serões oferecidos ao rei. Escreveu também poemas ao estilo das cantigas dos Trovadores medievais.
Gil Vicente escreveu mais de quarenta peças, algumas em espanhol e muitas em português, onde criticou de forma impiedosa toda a sociedade de seu tempo. O valor do teatro vicentino reside na sátira, muitas vezes agressiva, contrabalançada pelo pensamento cristão. Sua obra é rica pela universalidade dos temas e pelo lirismo poético que soube colocar na arte, em plena atmosfera renascentista.
De sua observação satírica não deixou ninguém de fora, papa, rei, clero feiticeiras, alcoviteiras, judeus, moças casadoras e agiotas. Sua galeria de tipos é rica e variada. Vários tipos foram ridicularizados: a imperícia dos médicos - “Farsa dos Físicos”, a prática das feiticeiras - “Auto das Fadas”, o comportamento do clero – “O Clérigo da Beira”, entre outros.
De acordo com o assunto abordado, a obra de Gil Vicente foi classificada em três fases: na primeira fase, (1502-1508), com influência espanhola de Juan del Encina, o autor apresenta peças que possuem um conteúdo religioso, entre elas: “Auto da Visitação”, “Auto Pastoral Castelhano”, “Auto de São Martinho” e “Auto dos Reis Magos”.
Na segunda fase, (1508-1516), a sátira social apresenta ampla visão da sociedade da época, a arte possui uma linguagem ferina, e adquire caráter mais pessoal, são dessa época suas obras-primas: “Quem Tem Farelos?”, “Auto da Índia” e “Exortação da Guerra”.
A terceira fase (1516-1536), atinge sua maturidade intelectual. Aparece, ao lado da crítica de costumes, atitudes moralizantes de caráter medieval. São dessa época as melhores obras teatrais da Literatura Portuguesa: “Farsa de Inês Pereira”, “Auto da Beira”, “O Clérigo da Beira”, “Auto da Lusitânia”, “Comédia do Viúvo”, “Trilogia das Barcas” (Auto das Barcas do Inferno, Auto da Barca do Purgatório e Auto da Barca da Glória) e “A Floresta dos Enganos” de 1536, sua última obra.
Gil Vicente faleceu em Évora, Portugal, no ano de 1536.                                                                                                                                                              

Resultado de imagem para teatro vicentino

Principais obras de Gil Vicente

  • Auto Pastoril Castelhano (1502)
  • Auto da Visitação (1502)
  • Auto dos Reis Magos (1503)
  • Auto da Índia (1509)
  • Auto da Sibila Cassandra (1513)
  • Auto da Barca do Inferno (1516)
  • Auto da Barca do Purgatório (1518)
  • Auto da Barca da Glória (1519)
  • Farsa de Inês Pereira (1523)

    • Auto dos Reis Magos (1503)
    • Auto da Índia (1509)
    • Auto da Sibila Cassandra (1513)
    • Auto da Barca do Inferno (1516)
    • Auto da Barca do Purgatório (1518)
    • Auto da Barca da Glória (1519)
    • Farsa de Inês Pereira (1523)                                                                                 
     

                         A obra vicentina:

  • Pode-se ter a obra do autor português como um reflexo da mudança dos tempos e da passagem da Idade Média para o Renascimento. Seu primeiro trabalho foi a peça em castelhano “Auto da Visitação”, que também ganhou o título de “Monólogo do Vaqueiro”, foi representada nos aposentos da Rainha D. Maria, a consorte de Dom Manuel, na celebração do nascimento do príncipe que viria a ser o futuro D. João III. Foi essa representação que atribuiu o marco de partida da história do teatro português. Com o grande sucesso do seu trabalho no palácio, Gil Vicente se tornou o responsável pela organização dos eventos da realeza. Podemos lembrar de Vicente como o principal representante da literatura renascentista portuguesa, anterior a luis de camoes , que influenciou a cultura popular de Portugal.
                                       O teatro vicentino: é o nome dado aos textos teatrais produzidos pelo dramaturgo português Gil Vicente durante o período denominado Humanismo (1434-1527).
    O teatro vicentino tem início em 1502, quando ele apresentou sua peça o “Monólogo do vaqueiro”, também chamado de “Auto da visitação”.
    Posto que a maior parte de suas peças possuem teor satírico, vale lembrar uma das mais célebres frases do dramaturgo: “Rindo se castigam os costumes”.
    Lembre-se que o humanismo determina uma fase de transição entre o trovadorismo e o classicismo. Ou seja, é o momento que marca o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.
  • As principais características do humanismo é a valorização do ser humano, com o advento do pensamento antropocêntrico (homem no centro do mundo) no período renascentista                                                                                                                         Imagem relacionada

Características do Teatro Vicentino:

    • Retrato da sociedade portuguesa
    • Teatro de costumes
    • Crítica social
    • Obra de caráter universal
    • Influência do antropocentrismo
    • Contexto do renascimento
    • Presença de temas de cultura popular
    • Personagens caricaturadas e alegóricas
    • Perfil psicológico das personagens
    • Presença de humor e comicidade
    • Elementos alegóricos e místicos
    • Caráter moralizante e satírico
    • Temas pastoris, cotidianos, profanos e religiosos
                 Imagem relacionada                                                                                                     Publicado por: Thaina nascimento

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Manifestações literárias do Humanismo



As manifestações literárias do período humanista indicam, de modo geral, o surgimento de uma mentalidade valorizadora da capacidade humana e no valor essencial do ser humano. 
 Foram produzidas manifestações literárias nos diversos gêneros:



Prosa: 

Desenvolveu-se principalmente a historiografia (registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos) com expressão de Rui de Pina e a maior expressão de Fernão Lopes, considerado o criador da historiografia em Portugal. Suas principais obras são: Crônica d’El-Rei D. Pedro, Crônica de D. João I, Crônica de D. Fernando.






Poesia: floresceu uma intensa atividade palaciana, documentada no Cancioneiro geral, compilado de poemas de época, pelo poeta Garcia Resende. 



Teatro:

Foi também nessa época que o gênero dramático teve suas primeiras manifestações representadas pela obra de Gil Vicente (nome que mais se destacou, escrevendo mais de 40 peças) escrevendo “Autos” e “Farsas”, dos quais se destacam: 


 Auto da Visitação (1502)

 O Velho da Horta (1512)

Auto da Barca do Inferno (1516)

Farsa de Inês Pereira (1523)



 O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período.








 Produzido por: Emily Kelly, Emilly Eorrany, Nathalia Nascimento.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Os Três Humanismos


 Desde a antiga Grécia que ficaram definidos os dois primeiros humanismos: o humanismo idealista (ou platônico-aristotélico) e o humanismo antropocêntrico (ou sofista).

No tempo de Sócrates e Platão, estes dois tipos diferentes de humanismo faziam a essência da guerra das ideias. Protágoras, o sofista, destacava-se com a seguinte proposição: “O homem é a medida de todas as coisas”. Esta proposição dá-nos a noção de “humanismo antropocêntrico” que confunde o relativo com o absoluto, e que ainda hoje se manifesta em quase todas as áreas da nossa vida — desde a política ao cientismo.

O terceiro humanismo é o cristão, no qual os dois humanismos anteriores podem convergir, sendo, aliás, o único ponto de convergência entre eles. O humanismo cristão, através da distinção essencial entre criatura e Criador, veio resolver o conflito entre os pós-socráticos, por um lado, e os sofistas e epicuristas, por outro lado.

Perante a síntese invencível do humanismo cristão, os sofistas do nosso tempo — como Daniel Dennett, Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Sam Harris, Julian Savulescu, Anthony Cashmore, Peter Singer, etc. — propõem um alegado novo tipo de humanismo: o trans-humanismo, que é a negação dos três tipos de humanismo anteriormente referidos (incluindo a negação do humanismo antropocêntrico). Trata-se da necessária proposição niilista face à impotência de vencer a razão.





Produzido por: Alekssander e Ayslanne 

domingo, 21 de maio de 2017

Humanismo

Humanismo é o nome dado a um movimento cultural iniciado no século 14, na Itália. Ele se caracteriza pelo estudo de textos gregos e latinos, transformados em modelos e fontes de inspiração.
O Humanismo português (desenvolvido ao longo do século 15 e em parte do 16) produziu manifestação literária de vários gêneros: prosa, poesia e teatro.  
Para os humanistas, os seres humanos são os responsáveis pela criação e desenvolvimento destes valores. Desta forma, o pensamento humanista entra em contradição com o pensamento religioso que afirma que Deus é o criador destes valores.
 A tecnologia começava a se aflorar nos campos da matemática, física, medicina. Nomes como Galileu, Paracelso, Gutenberg, dentre outros, começavam a se despontar, em razão das descobertas feitas por eles.
Galileu Galilei comprova a teoria heliocêntrica que dizia ser o Sol o centro do sistema planetário, defendida anteriormente por Nicolau Copérnico, além de ter construído um telescópio ainda melhor que os inventados anteriormente. Paracelso explora as drogas medicinais e seu uso, enquanto Gutenberg descobre um novo meio de reproduzir livros.
Além disso, a filosofia se desponta como uma atividade intelectual renovada no interesse pelos autores da Antiguidade clássica: Aristótoles, Virgílio, Cícero e Horácio. Por este resgate da Idade Média, este período também é chamado de Classicismo.
Além da produção historiográfica de Fernão Lopes (aproximadamente 1380-1460), esse período compreende a Poesia Palaciana e a produção teatral de Gil Vicente (aproximadamente 1465-1536).


Postado por : Álef Ádonis

sábado, 22 de abril de 2017

Cordel-Literatura popular em versos

  •                                O que é Cordel:                                                                                                                                                                         Cordel são folhetos contendo poemas populares, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome.
  • Os poemas de cordel são escritos em forma de rima e alguns são ilustrados.
  • Os autores, ou acordeonistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

Cordel também é a divulgação da arte, das tradições populares e dos autores locais e é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro.


  •  Estrutura:         Os poemas em cordel seguem regras de métrica e rima inescapáveis, sem elas não se faz um cordel. Seguem abaixo alguns dos modelos possíveis:
    Sextilha
    Geralmente, o cordel é escrito em forma de sextilha, estrofes de seis versos, com versos de sete sílabas poéticas. Obrigatoriamente, o segundo, o quarto e o sexto versos devem rimar entre si. Para exemplificar, segue abaixo a primeira estrofe do cordel “O Pavão Misterioso”, de José Camelo de Melo Rezende, um dos cordéis mais lidos até hoje:
    1 Euvoucon/tarumahis//ria [não rima]
    2De um pavão misterioso [rima]
    3o Que levantou vôo na Grécia [não rima]
    4o Com um rapaz corajoso [rima]
    5o Raptando uma condessa [não rima]
    6o Filha de um conde orgulhoso. [rima]
    Setilha
    Também usada, a setilha, com estrofes de sete versos, tem a seguinte rima: o segundo, quarto e o sétimo verso rimam entre si e o quinto e sexto têm uma segunda rima entre si. Como exemplo, segue abaixo o cordel “As coisas do meu sertão”, do poeta Zé Bezerra de Carvalho.
    1o Já falei de saudade [não rima]
    2o Tristeza e ingratidão [rima 1]
    3o De amor e de prazer [não rima]
    4o E cantei de emoção [rima 1]
    5o Quero agora cantar [rima 2]
    6o E também quero falar [rima 2]
    7o Das coisas do meu sertão [rima 1]
    Décima
    A Décima, mais usada pelo repente, é uma estrofe de dez versos de sete sílabas poéticas, ela é o gênero usado pelos cantadores repentistas para os versos de mote. Nas décima, as rimas são: o primeiro  verso rima com o quarto e quinto, o segundo rima com terceiro, o sexto rima com o sétimo e décimoo, e o oitavo rima com o nono. Segue abaixo um trecho em décima do cantador Ugolino do Sabugi:
    1o As obras da Natureza [rima 1]
    2o São de tanta perfeição, [rima 2]
    3o Que a nossa imaginação [rima 2]
    4o Não pinta tanta grandeza! [rima 1]
    5o Para imitar a beleza [rima 1]
    6o Das nuvens com suas cores, [rima 3]
    7o Se desmanchando em louvores [rima 3]
    8o De um manto adamascado [rima 4]
    9o O artista, com cuidado, [rima 4]


    10o Da arte aplica os primores [rima 3]                                                         

Cordel Encantado:

  • Cordel Encantado é o nome de uma novela apresentada na Rede Globo de Televisão, em 2011.
    Conta a história dos reis da cidade fictícia de Seráfia do Norte, Augusto (interpretado pelo ator Carmo Dalla Vecchia) e Cristina (interpretada pela atriz Alinne Moraes).

Literatura de cordel:

  • No Brasil, a literatura de cordel é encontrada no Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
    Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se encontra em outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, e são vendidos em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.

Os 5 maiores nomes do cordel brasileiro:             Apolônio Alves dos Santos:

Natural de Guarabira, PB, transferiu-se para o Rio de Janeiro no ano de 1950, onde exerceu a profissão de pedreiro, até viver da sua poesia. Seu primeiro folheto foi “MARIA CARA DE PAU E O PRÍNCIPE GREGORIANO”, publicado ainda em Guarabira.
Faleceu em 1998, em Campina Grande, na Paraíba, deixando aproximadamente 120 folhetos publicados e acreditando ser o folheto “EPITÁCIO E MARINA”, o mais importante da sua carreira de poeta cordelista.
  •                                                                                                                                           Arievaldo Viana Lima   :    

Poeta popular, radialista e publicitário, nasceu em Fazenda Ouro Preto, Quixeramobim-CE, aos 18 de setembro de 1967. Desde criança exercita sua verve poética, mas só começou a publicar seus folhetos em 1989, quando lançou, juntamente com o poeta Pedro Paulo Paulino, uma caixa com 10 títulos chamada Coleção Cancão de Fogo. É o criador do Projeto ACORDA CORDEL na Sala de Aula, que utiliza a poesia popular na alfabetização de jovens e adultos. Em 2000, foi eleito membro da ABLC, na qual ocupa a cadeira de nº 40, patronímica de João Melchíades Ferreira. Tem cerca de 50 folhetos e dois livros públicados: O Baú da Gaiatice e São Francisco de Canindé na Literatura de Cordel.
  •  
  •                                                       Cego Aderaldo:

Cantador famoso, voz excelente, veia política apreciável. Era um dos mais inspirados de quantos que existiram nos sertões do Ceará. “Aderaldo Ferreira Araújo” era seu verdadeiro nome. Nasceu no Crato, viveu em Quixadá e morreu em Fortaleza, beirando os 90 anos, em 1967. Tomou parte em cantorias que marcaram épocas. Os versos que escreveu são lidos e conhecido em todo o Brasil.
  •  

                                                                Elias A. de Carvalho:
Pernambucano de Timbaúba, além de poeta, que com tanto entusiasmo contou e cantou as coisas do seu estado e do Brasil, foi também emérito sanfoneiro, repentista e versejador, sendo intensa a sua atividade, sem prejuízo para a profissão de enfermeiro, na qual era diplomado. Trabalhou no sanatório Alcides Carneiro, em Corrêas, na cidade de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, ligação que lhe permitiu preparar um importante trabalho intitulado “O ABC do corpo humano”, entre os tantos outros que escreveu ao longo de sua vida.
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                                                           Expedito Sebastião da Silva:
  • Expedito Sebastião da Silva nasceu em Juazeiro do Norte, Ceará, em 20 de janeiro de 1928 (dia de São Sebastião) e viveu toda a sua vida na terra do Padre Cícero, até falecer no dia 8 de agosto de 1997. Além de bom poeta, foi tipógrafo e revisor da gráfica de José Bernardo da Silva, tendo assumido, com a morte deste, a gerência da Tipografia São Francisco, rebatizada nos anos 70 como Literatura de Cordel José Bernardo da Silva e posteriormente como Lira Nordestina, como é conhecida até hoje.
    De origem camponesa, conseguiu freqüentar a escola, chegando a concluir a quarta série ginasial. Durante os anos escolares começou a rascunhar seus primeiros poemas, o que acabou chamando a atenção de José Bernardo da Silva, o grande editor de Juazeiro. Seu primeiro folheto, intitulado “A moça que depois de morta dançou em São Paulo”, data de 1948. Cuidadoso com a rima e, principalmente, com a métrica, Expedito costumava revisar a obra de outros poetas que também imprimiam seus folhetos na Lira Nordestina.
      PUBLICADO:  Emilly Eorrany, Emilly Kelly, Maryanna Gurjão, Nathalia Nascimento, Thaina Nascimento

Exercício Sobre Gêneros Literários :

1)O gênero narrativo, na maioria das vezes, é expresso pela:
a) Poesia.
b) Show.
c) Jornal.
d) Romance.
e) Ode.

2)Assinale a afirmativa correta:
a) Aristóteles afirma que os textos épicos apresentam uma narrativa e sempre terão um narrador-personagem.
b) A tragédia é um gênero literário.
c) O gênero lírico é um texto de caráter emocional, porém, as emoções expressas nesse gênero não representam  a subjetividade do autor; é apenas ficção.
d) O gênero dramático apresenta esta estrutura: apresentação e desfecho.
e) Os elementos essenciais de uma narrativa são: narrador, enredo, personagens, tempo e espaço.

3)“Na serra de Ibiapaba, numa de suas encostas mais altas, encontrei um jegue. Estava voltado para o lado e me pareceu que descortinava o panorama. Mas quando me aproximei, percebi que era cego.” (Oswaldo França Júnior, em As Laranjas Iguais).
O fragmento é representante do gênero:
a) lírico b) épico c) narrativo d) dramático e) nenhuma das opções acima.
b) épico, o autor se apega à objetividade e à impessoalidade.
c) lírico, a tendência do escritor é revelar as emoções que o mundo causou nele.
d) dramático, há ausência de narrador, apresentando-se um conflito através do discurso direto.

4)Leia o texto abaixo para responder à questão abaixo.

A um passarinho
Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
(Vinícius de Moraes)



A que gênero literário pertence o texto?

5) (UFPA) Os gêneros literários constituem modelos aos quais se deve submeter a criação artística. Deles NÃO se deve considerar como verdadeiro:

(A) Segundo concepção clássica, são três os gêneros literários.
(B) Embora a obra literária possa encerrar emoções diversas, podendo haver intersecção de elementos líricos, narrativos e dramáticos, há sempre a prevalência de uma destas modalidades.
(C) A criação poética, de caráter lírico, privilegiará os diálogos dos personagens.
(D) Novelas, crônicas, romances e contos são espécies literárias de caráter narrativo.
(E) O discurso literário é considerado dramático quando permite, em princípio, ser representado.
6)Com relação aos gêneros literários, é INCORRETO afirmar que, no gênero
a) lírico, o artista retrata criticamente a realidade.

(Unifesp) Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões de números 7 e 8: 

Versos de Natal
“Espelho, amigo verdadeiro,

Tu refletes as minhas rugas,

Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!


Mas se fosses mágico,

Penetrarias até ao fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.”


7)(Unifesp) Para o poeta, o espelho é um amigo verdadeiro porque:
a) Não permite que ele sofra, atrelando-o à realidade em que vive.
b) Aguça seus sentidos, incentivando-o aos devaneios, como uma criança.
c) Perpetua a crença de que a imaginação nunca se acaba.
d) Mostra a realidade, desnudando-lhe as faces da velhice.
e) Denuncia o estado decrépito em que está, mas cria-lhe a fantasia da felicidade.

8)(Unifesp) No poema, a metáfora do espelho é um caminho para a reflexão sobre:
a) A velhice do poeta, revelada por seu mundo interior, triste e apático.
b) A magia do Natal e as expectativas do presente, maiores ainda na velhice.
c) O encanto do Natal, vivido pelo homem-menino que a tudo assiste sem emoção.
d) A alegria que ronda o poeta, fruto dos sonhos e da esperança contidos no homem e ausentes no menino.
e) As limitações impostas pelo mundo externo ao homem e os anseios e sonhos vivos no menino. 

Leia o texto abaixo e responda as questões 9 e 10 :

ARANHA DE ÁGUA
Prendeu o corpo
ao silêncio. Saltou.
A aranha erra,
às vezes,
o alvo que sonhou.
Todo se desfia.
Mais que planta de prédio, era fria.
Com mais patas que alma.
E dedos de vento, seus fios.
Com calma se arma de morte.
Aranha escapa de si
Por um fio.
De cada desafio alimenta-se.
Mas sua alma calculada
É toda aérea.
Ela, chuva no vidro
E líquidas suas ligas.
Águas lhe dão garras à vida
(GUIMARAES, Edmar. <i>Caderno</i>. Poesia. Goiânia: Kelps, 2005. p. 37.)

9) (UEG-2006)Entre os recursos expressivos, aquele que se destaca como determinante para o desenvolvimento temático do poema é o jogo semântico entre os termos:
a) morte e vida.
b) desfia, fio e desafio.
c) patas e alma.
d) chuva , líquidas e águas.

10)Pode-se verificar no poema a interferência da forma narrativa no gênero lírico. Dos efeitos poéticos construídos no texto, o que indica mais eficazmente essa interferência é
a) a mudança de tempo e ação na 1ª estrofe.
b) o verso livre e a pontuação regular.
c) a visão das coisas sob um ponto de vista afastado.
d) a unidade de espaço fragmentado na visão do poeta.

11)(UFU-MG) Relacione as espécies literárias ao lado  com suas respectivas características dispostas abaixo e assinale a alternativa  correta:

I.Modalidade de texto literário que oferece uma mostra da vida através de um episódio, um flagrante ou instantâneo, um momento singular e  representativo; possui economia de meios narrativos e densidade na construção das personagens.
II.À intensidade expressiva desse tipo de texto literário, à sua concentração e ao seu caráter imediato, associa-se, como traço estético importante, o uso do ritmo e da musicalidade.
III.Essa modalidade de texto literário prende-se a uma vasta área de vivência, faz-se geralmente de uma história longa e apresenta uma estrutura complexa.
IV.Nos textos do gênero o narrador parece estar ausente da obra, ainda que, muitas vezes, se revele nas rubricas ou nos diálogos; neles impõe-se rigoroso encadeamento causal.
V.Espécie narrativa entre literatura e jornalismo, subjetiva, breve e leve, na qual muitas vezes autor, narrador e protagonista se identificam.

( ) Poema lírico
( ) Conto
( ) Crônica
( ) Romance
( ) Texto teatral

a) II – I – V – III e IV. 
b) II – I – V – IV e III.
c) II – I – III – V e IV.
d) I – II – V – III e IV.
e) I – IV – II – V e III.

Respostas :
1) Letra D : No gênero narrativo, ou épico, uma das características mais significativas é a presença de um narrador. Dessa forma, se analisamos as alternativas em questão, perceberemos que, nessa proposta de exercício, o romance é a modalidade que apresenta narrador.
2) Letra E: Os elementos constitutivos de uma narrativa são: narrador (que narra a história), enredo (sequência dos acontecimentos), personagens (podem ser principais e secundários; são os responsáveis pelas ações do enredo), tempo (recorte da época dos acontecimentos) e espaço (recorte do local dos acontecimentos).
3 ) Letra  C.
4) Gênero Lírico.
5)  Letra C.
6) Letra A.
7) Letra D.
8) Letra E.
9) Letra B.
10) Letra A.
11) Letra A.

Vida e obra de Gil Vicente

                Vida e obra de Gil Vicente:                                       Dramaturgo e poeta revolucionário de Portugal, Gil Vic...